6 de maio de 2011

07.

A imagem.

Palavras sem sentido, só as entende quem não precisa dele.
Só as entende quem o cria e dá o rumo mais belo que desejar.


Era a concha, era o mar, o amor, o som que parecia vir de dentro da concha, o mesmo som do mar. Era a rosa, o vento, a chuva, a flor que perdia a doçura, as coisas que o tempo levava. A imagem que só eu entendia e que todos viam apenas como uma imagem sem sentido, mas eu sei que era a flor, o vento, a chuva, o vento levando a doçura e aquilo se repetindo mil vezes dentro de mim, porque eu entendia, eu sabia, eu via o sentido – ou o criei? Mas eu sei que era o tempo levando a beleza da flor, e a chuva como lágrimas caindo gritando o sentido que ninguém pôde ver.

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