Luzes apagadas.
Não havia ninguém em casa, então ela resolveu começar um daqueles seus momentos que julgava serem belos. Diante do silêncio da casa inerte desligava todas as luzes, colocava a sua atual música preferida e ligava a lanterna, não sei porquê, mas adorava fazer isso, ficava iluminando pequenas partes do quarto, olhando cada detalhe. Se jogava na cama e iluminava o papel colado no teto que dizia: Tudo vai passar. Tudo vai ficar bem. — Ela havia escrito no intuito de se animar nas horas difíceis. Mas acho que o que ela gostava mesmo nisso tudo era apagar todo o resto e se concentrar em uma só coisa, olhar os detalhes, não ter que pensar demais com tantas informações, só queria que tudo fosse — mesmo que por um breve momento — simples e não tão cheio. Depois levantava, aproveitava o refrão, ia cantando e girando pelo quarto com sua luz na mão, iluminando rápido as coisas na parede, os retratos tirados na infância, os ursos, as coisas jogadas pela cama, a cor da parede já antiga, e por fim tinha visto todo o seu quarto, que abrigara tanto de si. E então parava, desligava a lanterna, ligava as luzes, abaixava o som e se ligava pro mundo outra vez, embora preferisse as luzes apagadas.
Oi querida! O nome do seu blog chama bastante atenção e me despertou curiosidade! rs
ResponderExcluirEstou te seguindo.. se quiser me segue: http://www.vogue-vanity.blogspot.com/
as vezes acho que estou mais desligada do que ligada a esse mundo. Gosto de quando estou comigo. Quando ninguém pode atrapalhar a amizade que a entre mim e mim. rsrs
ResponderExcluirhttp://amigasentresegredos.blogspot.com/2011/06/mesmo-que-mude.html
bjinhos ;*
Obrigada, voltem sempre.
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